Perdemos um jogo de futebol para os Alemães, mas há quase 70 anos atrás eles perderam batalhas para verdadeiros heróis Brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial.
E estes verdadeiros heróis, hoje senhores com idades acima de 80 anos, são esquecidos e não recebem nenhum reconhecimento por terem arriscado suas vidas (e não uma partida de futebol) pelo Brasil.
É impressionante como alguns temas históricos são tão pouco trabalhados na internet. Apesar do grande número de curiosos, é visível a falta de informação de qualidade em nosso idioma, e isso ainda fica mais evidente quando o objeto de estudo é a História do Brasil. Com o objetivo de preencher esta lacuna foi inciado o projeto História Ilustrada, o imenso trabalho de realizar pesquisas e reunir informações de fontes confiáveis tem resultado em um rápido e satisfatório reconhecimento do público leitor.
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial é um tema muito interessante em diversos aspectos. O país comandado por Getúlio Vargas soube aproveitar ao máximo a sua inicial condição de neutralidade, e quando foi preciso quebrá-la, a decisão foi tomada com muita sabedoria. Por questões estratégicas que envolviam posicionamento geográfico e fornecimento de suprimentos, até o último momento alemães e americanos disputaram a aliança com os brasileiros. No final, com direito até a uma visita pessoal do presidente Roosevelt ao Brasil, Vargas optou por aderir à causa Aliada.
A simples colaboração geográfica do Brasil com as movimentações militares dos Estados Unidos já foi suficientemente importante para o andamento do conflito no front ocidental, mas a ajuda brasileira não parou por aí. Em 1944 foram enviados milhares de soldados para consolidar o avanço dos Aliados em território italiano. Durante a campanha na Itália, os pracinhas, como ficaram conhecidos os soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) enfrentaram soldados da Itália fascista e posteriormente os temidos soldados nazistas. Entre centenas de missões e longos meses de combate, a mais importante conquista foi a vitória em Monte Castelo (Fevereiro de 1945) e a mais sangrenta vitória foi na Batalha de Montese (Abril de 1945).
Quem sobreviveu para contar a história denunciou a não tão amigável realidade dos pracinhas:
"O treinamento que tivemos no Brasil de nada serviu para nós lá na guerra. O armamento era antiquado, a alimentação era péssima, as questões de saúde eram complicadas. (...) Havia também muita gente com problemas de dentição e se soldados que, antes de ingressarem no exército, jamais tinham calçado um sapato na vida."
Mas ao final triunfamos.
Ferdinando Palermo, veterano brasileiro da Segunda Guerra Mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário