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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Trevor Bayne é diagnosticado com esclerose múltiplaTrevor Bayne é diagnosticado com esclerose múltipla

Piloto da Nationwide diz que nunca se sentiu 

mais motivado e vai continuar a correr.

O competidor da Roush Fenway Racing recebeu o diagnóstico no meio deste ano, mas decidiu divulgar a notícia somente na última terça (12) (Divulgação)
O competidor da Roush Fenway Racing recebeu o diagnóstico no meio deste ano, mas decidiu divulgar a notícia somente na última terça (12) (Divulgação)
Trevor Bayne revelou à imprensa na última terça-feira (12) que foi diagnosticado com esclerose múltipla, doença neurodegenarativa sem cura. O piloto da Roush Fenway Racing, contudo, garantiu que a descoberta não o abalou em termos automobilísticos. “Nunca estive mais pilhado para competir. Meus objetivos são os mesmos. Quero correr em alto nível e vencer corridas e campeonatos. Estou na melhor forma da minha carreira, me sinto bem e comprometido a cuidar o melhor possível do meu corpo”, declarou o piloto de 22 anos, que ocupa, atualmente, o 6º lugar na classificação da Nationwide Series, segunda mais nobre divisão da Nascar, com uma vitória, em Iowa, e 20 top-10s em 32 largadas.
Bayne foi liberado pelos médicos da clínica Mayo, em Minnesota, após longos testes e exames que levaram os especialistas ao diagnóstico final, em junho deste ano. O piloto afirmou que não pretende tomar remédios para controlar a doença e não espera mudanças em seu estilo de vida. A esclerose múltipla causa diversas lesões no cérebro e varia de caso para caso, mas o paciente normalmente fica sujeito a complicações cognitivas e à degeneração motora. As causas da doença ainda são desconhecidas, mas acredita-se esteja relacionada a um somatório de fatores genéticos e ambientais. A irmã mais nova de Bayne também possui a doença.
Bayne começou a sentir os sintomas após conseguir seu principal feito na Nascar: aos 20 anos, em sua segunda corrida pela categoria, ele venceu a Daytona 500 em fevereiro de 2011 e se sagrou como o mais jovem piloto da história a triunfar na tradicional pista. Seis semanas depois, ele começou a sentir membros do corpo dormentes, além de apresentar visão embassada, náusea e fadiga – problemas que o afastaram das pistas por dois meses. 
O presidente da Roush Fenway Steve Newmark informou ao USA Today que a decisão de revelar a notícia partiu do próprio Bayne, e que isso não teve nenhum impacto em seu status como piloto junto ao time ou aos patrocinadores. “Trevor está muito bem, consciente de sua realidade”, disse o dirigente. O dono do time, Jack Roush, garantiu total apoio ao piloto do Ford #6. “Estamos 100% ao lado de Trevor. Confio na capacidade dele, assim como os parceiros e patrocinadores também confiam e darão o mesmo suporte. Vamos fornecer todas as ferramentas de que ele precisa para que continue a se desenvolver em sua carreira”, falou.
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Bayne não dá sinais de desânimo – pelo contrário, disse que o diagnóstico finalmente tirou um peso de seus ombros e mostrou valorizar as dificuldades. “Os momentos duros mostram o real caráter das pessoas”, falou o piloto, que pretende continuar a correr regularmente pela Nationwide no ano que vem.
O competidor, natural de Knoxville, no Tennessee, não é o primeiro da Nascar com esclerose múltipla. Kelly Sutton, que foi diagnosticada ainda adolescente, disputou 54 corridas na Camping World Truck Series, divisão de picapes da Nascar, entre 2003 e 2007.
Outra estrela do esporte de alto nível que também tem esclerose múltipla é Josh Harding, goleiro de hockey do Minnesota Wild que compete na NHL, liga nacional de hockey que engloba 23 clubes dos EUA e 7 do Canadá. Ele revelou o diagnóstico em novembro de 2012 e, após ficar meses parado para se ajustar aos medicamentos, Harding hoje possui uma das melhores médias de defesas na temporada. No meio do ano, ele fundou uma associação própria, a Harding’s Hope, para ajudar a divulgar informações sobre a doença e prestar assistência a pacientes.

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