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domingo, 10 de novembro de 2013

Teatro itinerante leva alegria e informação aonde a arte não chega

Peças podem ser montadas em qualquer lugar, com o mesmo conforto e possibilidades de uma sala de teatro, sem distinção de raça e classe social
Teatro Itinerante 1_606x455 (Foto: Divulgação)Paulo e Jitman levam temas contemporâneos através da trupe O Teatro Institucional (Foto: Divulgação)
Compartilhar alegria e informações com pessoas onde o teatro não chega é a principal função do Teatro Itinerante. É por meio do teatro que o homem conta histórias e expressa seus sentimentos. Com a influência dos gregos e romanos, do renascimento, do romantismo e do realismo, a quinta arte, caracterizada pela representação, tornou-se muito rica pela variedade de estilos agregados a ela. Enganou-se quem achou que o teatro acabaria com o surgimento do cinema, basta analisar as expressões dos espectadores e concluir que essa arte é sempre muito bem-vinda.
O Teatro Institucional
Teatro itinerante 4_291x3218 (Foto: Divulgação)O Teatro Institucional aborda temas como Aids,
drogas e qualidade de vida  (Foto: Divulgação)
Fundada em 2000 pelos arteterapeutas, especializados em dependência química e alcoolismo Paulo Antunes e Jitman Vibranovski, a companhia O Teatro Institucional, do Rio de Janeiro (RJ), surgiu de um experimento com adictos que já estavam em recuperação; eram criadas peças a partir das oficinas de teatro com o grupo. Ao perceberem que o projeto estava dando certo, passaram a escrever peças e levar o teatro a praças, comunidades, igrejas, clubes, escolas, empresas e órgãos públicos.  Nas peças educativas, O Teatro Institucional aborda temas urgentes da sociedade: uso abusivo de álcool e drogas, Aids, ética, tabagismo, ambientalismo, qualidade de vida, questões da mulher e da terceira idade, acidentes de trabalho, gravidez na adolescência, problemas cardiovasculares e compulsão, como jogos e consumismo.
“Temos o objetivo de introduzir o assunto através de algumas informações, signos e muita emoção para depois servirem de estímulo no debate pós-peça, que conta sempre com alguém no grupo especializado no assunto. Escrevo e construo as peças estudando o tema com profissionais da área. No caso de drogas, álcool e tabaco, eu mesmo sou especializado, com experiência clínica. Depois, é me envolver com o sentimento das situações e das pessoas que entrevisto. Não estou nessa função pra exibir uma inspiração criativa qualquer, mas sim pra explorar as possibilidades do assunto e ouvir o que o outro tem pra complementar. Por isso, acho que as nossas peças nunca acabam com o fim da história, o debate é o segundo ato”, ressalta o ator e diretor Paulo Antunes.
Paulo e Jitman trabalharam em clínicas, ministram palestras em empresas e escolas e promovem vivências de arteterapia para ampliar o conhecimento do público quanto a questões relacionadas a álcool e drogas, além de preparar gerentes e diretores para lidar com esses problemas nas instituições. As peças são criadas para estimular discussões. A proposta é a troca de informações, o diálogo franco e o reconhecimento do problema enfocado. No debate, surgem perguntas e depoimentos que revelam apreensões, experiências e dúvidas. Para saber mais, visite o site da companhia O Teatro Intitucional.

CIA Gente Falante
Teatro de Bonecos CIA Gente Falante surgiu em 1991, na cidade de Salvador (BA), pelo ator-bonequeiro Paulo Martins Fontes. Consolidando 20 anos de pesquisas meticulosas da linguagem Teatro de Animação (bonecos, sombras, objetos, figuras), atualmente, a companhia tem base em Porto Alegre (RS) e está com 11 produções no seu repertório, cada uma com enfoque diferente, mas sempre ligadas à questão das relações humanas. O teatro de bonecos surgiu com o objetivo de aproximar as pessoas e revigorar o potencial lúdico das crianças, tudo elaborado com muita poesia.
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Teatro Itinerante 2_606x455 (Foto: Divulgação)A CIA Gente Falante se apresenta-se com seu teatro de bonecos (Foto: Divulgação)
“Comecei a experimentar o tridimensional e passei a usar isso com fotografia para ilustrar livros infantis, acabei tendo contatos com pessoas do teatro e tudo se uniu. Descobri o teatro de forma animada, que desde a infância me instigava bastante. O trabalho de teatro dá a possibilidade de sair pelo mundo, que é o objetivo primordial da CIA Gente Falante. Botar o pé na estrada para chegar a lugares que ninguém chega é o nosso objetivo, por isso, nosso teatro tem uma capacidade muito grande de adaptação. A maioria das apresentações pode ser feita ao ar livre e qualquer sala de teatro, elas preenchem qualquer requisito”, comenta Paulo Fontes.

Um dos maiores desejos de Paulo é chegar a cidades que mal há sinal de televisão e cantos inacessíveis para promover perspectivas de mudança e evolução. São feitos experimentos com todos os tipos de bonecos: luva, vara, figura plana, sombras, marionetes de fios e miniaturas. A CIA Gente Falante leva oficinas, constantemente, com suas peças. Algumas delas são a de minituarização e a de teatro de objetos. Mais informações e contatos no site oficial da trupe.
Companhia Abaré de Teatro
Teatro Itinerante 3_291x388 (Foto: Divulgação)Companhia Abaré de Teatro aborda temas da
cultura brasileira (Foto: Divulgação)
Criada em 1995, na cidade de Itanhaém (SP), aCompanhia Abaré Teatro é fruto de Oficinas Culturais do diretor e ator Orlando Moreno, que já acumulava 20 anos de carreira aos 35 anos. Seus espetáculos, adultos e infantis, possuem temas que buscam o auxílio na alfabetização, incentivo à leitura e aborda a cultura popular, passando a utilizar Folguedos e personagens do Folclore Nacional. São quase duas mil pessoas presentes por apresentação.
“Nosso teatro itinerante surgiu em 2005, com o nome de Emcena Brasil. Temos uma região carente no Vale Ribeira e Baixada Santista que passamos a atender. Criamos uma forma de levar teatro para qualquer canto com qualidade, com o mesmo conforto e possibilidades de uma sala de teatro. Também temos oficinas em nossa caravana. Fazemos um trabalho de fusão dos espetáculos com um trabalho pedagógico”, conta Orlando.
O projeto Encena Brasil aborda de forma bem clara a cultura brasileira. Além das peças, a companhia tem a contação de histórias e a oficina de criação de fantoches. Sempre com a direção e a coordenação geral de Orlando Moreno, são idealizados projetos audaciosos que nascem com o intuito de fomentar a arte teatral, atender a demanda do grupo em criar espaços alternativos, democratizar a cultura e, principalmente, levar a linguagem teatral para qualquer lugar sem distinção de raça, credo ou classe social de forma itinerante e gratuita. Informações sobre as peças e a agenda da Abaré de Teatro no site oficial da companhia.

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